Arqueologia Folhasequeana

Só vendo para crer.

Ó o auê aí ó!

Pelo brou Fantominho Hang Ten


Tempinho nublado, mar flat segundo o Surf Report do Rico… A solução pra galera do surf foi partir pro IBC, pra firmar aquele futelbozinho e manter a forma entre uma session e outra.
Depois de dividir os times ficou claro que a galera sangue bom vestia branco (que nem no Star Wars). Comandados pelo mestre zen Lucas - famoso por sua temporada inesquecível no North Shore em 1978, domando feito um iluminado as direitas de Waikiki –, os brancos enfrentaram a galera black trunk laranja, que ainda contava com reforço internacional, o Carlinhos Pappaire, surfista português, conhecido pela habilidade ao surfar a pororoca do Tejo.
O começo da partida foi dramático pra galera sangue, com menos de 15 minutos já estava 3X0 pros haoles do mal. A explicação é que nossa galera ainda estava cansada da festa de sábado à noite, na Comunidade da Prainha, onde formamos mais uma turma do projeto Surfista Cidadão, que pretende mostrar pra esse bando de ignorante aí que surf e cidadania andam lado a lado. Os plays laranjas também apelaram feio, escalaram um atleta júnior, campeão do WQS, o Wisley, the Eagle Little Rat, o competidor mais rápido das esquerdas em backdrop do Arpoador.
Depois desse começo de merda, o CB Lucas reuniu a galera do time branco e contou uma pequena parábola, que ele ouviu no culto da Bola de Neve, lá na sede, na Barra. Com essas palavras inspiradoras a galera serenou e o jogo ficou pau a pau. Tiramos a diferença no placar e a parada acabou 7X7.
Acho que é bacana lembrar (pra não cair no esquecimento, nosso povo é muito esquecido, maluco!) de mais algumas paradas do mal do time laranja.
Pô, os caras são muito sangue ruim, pareciam aqueles vilões dos filmes de surf das antigas do Frankie Avalon e Annette Funicello, que passavam na Sessão da Tarde e eu assistia amarradão tomando Todynho. Nosso juiz é um coroa das antigas, pioneiro das quebradas, amigo do Bocão e do Evandro Mesquita. Pô, o cara merece respeito, né? E não é que um jogador do branco (não vou citar nomes, mas o cara é da diretoria) deu uma dedada no juiz?
Pô, ruinzão, o velhinho foi desabando devagar, cheio de dor no lombo. Foi o maior stress, teve gente achando até que era problema de esquema cardíaco. Bad vibe total.
E um outro branco (também conhecido com Fophão) deu a maior trombada num brother amigo nosso, revelação do Pico da Canoa Sobralina, lá no Crato.
Sorte que o Roberto é fortão, brou, esquema saúde total, e agüentou o tranco.
Bem, o que vale é que, depois, no Açaíbol, lá na Polis do Leblon, ficou tudo certo.

Pappaire é do Peru!

Trigésima edição d´O folheiro.

Domingo tem pelada.
8 da madrugada.
Estádio do IBC.