Folha Seca Gelobol Clube

FOLHA SECA GELOBOL CLUBE - Presidência: seu Lito / Diretoria: seu Lito, Lucyintheskywithdiamonds e Digão, a mulher gorila / Chefe da segurança: Felipinho / Mascote: Pratinha / O FOLHEIRO - Editor-chefe: Seu Folha / ASPONE: Gelol / Contínuo: Lu Lamo Lusco

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ética arrasa os sem-time


Na foto, Lula clama pela formação de um Conselho de Ética em caráter de urgência.

Pra começo de conversa, comunico que o recém-contratado (com hífen) jornalista- peladeiro (sem hímen) Senhor Phantom F5 já começou mal logo no seu primeiro dia de trabalho n´O folheiro. Simplesmente ligou hoje aqui para a redação com voz mais lavada que rouca dizendo estar com a garganta inflamada e que teria que ir se tratar no interior e que portanto, não poderia preparar a crônica da rodada que era de sua total incumbência, razão pela qual fora contratado.
Sendo assim, vamos nós mesmos. Quando retornar, e ele disse que só chega no domingo às 8 e 17, teremos a conversa devida com o profissional.

Sim, mais uma vez as aves emudeceram no Forte do Leme. Dessa feita os pássaros optaram ainda por se retirar tão vergonhosa foi a manhã.
A ética em jogo, mas fora do jogo.
Para começo de história, Vinicius, ético, mas a partir de agora sem moral nenhuma, me escolhe um aglomerado daqueles. Só para se ter uma ideia, o Pratinha foi a segunda escolha dele! Sim, Pratinha que passou mal aos 58 segundos de jogo e viu a bola preta e que só melhorou depois que vomitou o nescauzinho no recreio, quero dizer, no intervalo.
Rodrigo Digão, ético como todos de seu time antes do jogo começar, ainda lembrou que Vinicius poderia escolher o primeiro reserva já que tinha perdido no par ou impar. Serei ético e não direi quem ele escolheu entre Phantom F5 e Zé Luca. Mas quem você imagina que foi? Foi aí que rolou intervenção e o Conselho de Ética do Folha Seca negou ali mesmo o pedido de reserva e mandou o outro pro aglomerado dele. Digo aglomerado porque aquilo não era bem o que se pode chamar equipe. Foi jogo de só um time contra os sem-time.
Fico a imaginar a pelada que não seria um domingo com Vinicius tirando time com Julinho. Para quem não conhece, Julinho é o cara que bateu o par ou impar no lendário 11 a zero. Mais uma vez serei ético e não revelarei em que time Julinho jogou. Pelo menos ele teve a moral de nunca mais escolher time.
Mas aí a partida começou e os passarinhos, felizes, sobrevoavam certos de apreciarem um massacre, uma enxurrada de gols contra os sem-time. Mas, intrigados, pousaram nos alambrados para verem com mais atenção o que acontecia. Feito um bando de zumbis os sem-time se defendiam como podiam e a bola não entrava em seu gol. Foi preciso só uma falta para que a equipe adversária mudasse todo rumo da partida. A falta de ética!
Lula, o goleiro zumbi, defendia o bombardeio dos alemão: era cabeçada, bicão, chutão de longe, escanteio. Numa dessas, o tal do Julinho, que inclusive se tivesse 22 anos não jogaria essa pelada nunca porque nessa época ele treinava em Itaipava contra o time do Vasco, mandou inadvertidamente a bola ao gol. Em completa descoordenação o arqueiro morto-vivo espalma a bola para trave que cai exatamente em cima da linha. Shell, que na sua língua natal dos aquidauanus, significa ‘os olhos do morcego’ não titubeou como sempre: apontou o centro do, digamos, gramado. Os alemão cerraram suas bocas e silentes retornaram ao seu campo. Nem gritaram gol antes porque ficariam envergonhados. Acabaram, de certa maneira, se transformando em zumbis. Sem almas.
Aí feriu. Haviam como que sugado a energia dos sem-time que ficaram até o final do jogo desnorteados. Ainda assim conseguiram manter a partida empatada em 3 a 3.
No segundo tempo a garra dos aglomerados era ainda maior, apesar da chaga que jorrava insistente. Foi aí que veio o golpe final. A machadada. É preciso separar a cabeça do corpo do zumbi. Escanteio para os sem-time. Bola na medida na área, mas descarada e sonoramente os alemão interceptam com a maior mãozada. Aquilo era um exemplo clássico de pênalti. Novo silêncio germânico. Cabeças baixas se dissipavam pelo campo num tom de não-sei-de-nada. Shell, que em sua segunda língua materna Xeraki, significa ‘os olhos que tudo ouvem e as orelhas que tudo veem’ deu continuidade à jogada para minuto depois encerrar a agonia: 9 a 4.
Mas o aglomerado sem-time surpreendeu e saiu com passos firmes, cabeças erguidas, peitos estufados. Eram como gigantes em meio aos alemão. Sairam como vencedores porque ainda tinham dentro de cada um, algo, que serei ético em não dizer o que é, que sabiam não mais existir no coração de cada jogador adversário. E isso que carregaram consigo fizeram deles os verdadeiros detentores dos louros da vitória: a vitória moral!

Repórteres d´O folheiro afirmam terem visto Artur e Geo discutirem passionalmente no carro, minutos depois do fim da partida. Só podemos afirmar que Artur chegou no gelobol gritando ‘Geo eu vou comer o seu bolo!’

Em tempo, um leitor nos acabou de escrever informando que o jogador Lula, que com os 48 gols marcados em 2009 somados aos 43 dessa temporada, está a 9 do gol 100!

Antes de encerrarmos essa edição recebemos uma ligação de um leitor dizendo ter visto Pedrão ainda às 18 horas de domingo no ponto de ônibus no Leme. Segundo ele, os buzões passavam, mas Pedrão chegava sempre atrasado em todos. Quando via, já tinha ido.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pérolas no Caminho



De quem é cada frase?

Porra, Shell!

Eu sou craque...

Foi maioria que decidiu

A partir de hoje, estou fora

vocês são um bando de neuróticos!

Ih, Felipinho, até agora não tocou na bola?!

Lula não!

O Nunes? Ah, o Nunes morreu...

Preto é preto, branco é branco e laranja é laranja!

Que outras pérolas já nos agraciaram?

Domingo, ontem, vitória de virada do branco. 9 a 6.
Shell nos honrou com sua presença no Gelobol onde Geo sorteou e Fraga levou camisa da seleção mexicana.
Tem mudança no G4 geral: Lula acaba de adentrar e já ocupa a terceira colocação. Os outros são Phantom F5, seu Lito e Vitor. Geo pontuou e ainda sonha com a sulamericana.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Papaire é o cara!


Prestem muita atenção: o primeiro tempo fechara em 9 a 3 para a equipe branca!
Mesmo antes do final da primeira etapa, os laranjas já tinham que ouvir comentários entre atletas da equipe adversária que disputam o G4:
- Poxa, parceiro, pior que a ordem na classificação geral não vai mudar nada porque estamos no mesmo time.
Ao que um humilde atleta laranja respondeu para que mantivessem a calma porque o jogo ainda não havia acabado. Afinal, este encontrava-se entre os dois na tabela.
E ainda pior, segundo o laranja Zé Luca, autor de dois golaços no primeiro tempo, um olheiro do Manchester que fora ao Leme para ver exclusivamente o desempenho de Lula, deixara decepcionado o centro de práticas esportivas ao final da primeira etapa rumo ao Galeão.
Com o início do segundo tempo, as coisas não foram diferentes. Ampliaram o placar para 13 a 4.
E mais comentários se seguiram, até mesmo do honorável e humorado senhor árbitro Shell, quase que transformando cada alaranjado jogador num reles inseto.
Foi quando Papaire resolveu tomar o comando. Sim, chamou a responsabilidade para si. E já numa primeira atitude, o nobre gajo botou as cartas na mesa, juntou todos em roda e corajosa e estratégica e espantosamente colocou o craque Roberto para esquentar o banco:
- Se estás a desaminar, ponha-se para fora! Fantomas é a sua vez! E digo mais: se vocês estão a se sentir como insetos, saibam que num belo dia, um reles mosquito, nascido de um pântano qualquer, pousou em cima das páginas do filósofo alemão Nietzsche onde o filósofo dizia que “os fortes quando tomam veneno, o veneno só os torna mais fortes.”
Ah! A equipe toda, tomada por iluminado brio, olhou para aquela bela pelota de couro à frente - não a laranja, a outra - e nela vislumbraram uma lata de DDT. Tomaram a esférica como quem toma goles do tóxico líquido, engoliram os comentários feito cicuta e, destemidos, seguiram em marcha guiados pelo luso-português.
A soberba mais uma vez estava desafiada.
O que se viu jamais fora registrado.
13 a 5, 13 a 6, 13 a 7.
- Calma, ainda estamos seis gols à frente.
Numa bola que sobrou no meio de campo, Papaire dominou a mesma e seguiu adiante. Seus dois atacantes abriram, os zagueiros ameaçaram cercar o lisboeta, mas gritos incessantes do mesmo esquadrão desestimularam a marcação:
- Deixa ele! Deixa ele!
Não deu outra: como um bacalhau cego em direção ao anzol, Papaire só não entrou com bola e tudo porque teve humildade. Disparou um tiro indefensável! Golaço! Alvo silêncio.
13 a 8, 13 a 9, 13 a 10.
Os gols começavam a sair praticamente a cada minuto.
Até aí, o pequeno puto testemunha do milagre de Fátima, já havia feito os mais variados gols: de cabeça, de esquerda, de voleio, de cobertura e até de bico.
Definitivamente tinha dado branco no branco.
Crise nos alvi-brancos!
E esse 13 que não saia mais do placar? Seria algum resquício da ainda próxima sexta-feira, 13, de agosto?
13 a 11.
Lula domina magistralmente a bola na entrada da área, arma e chuta. Barbante certo não fosse a inoportuna mão à frente.
Shell, atento como sempre, não titubeou: é pênalti!
O grão-mestre português, com a sabedoria de uma biblioteca de Coimbra, apenas sussurrou para Lula que ajeitava a pelota:
- Escolha um canto e não pense em mais nada!
Mas Lula, com a cabeça ainda voltada para a quase contratação inglesa que escapava de suas mãos, esqueceu-se do pé e quando viu estava chutando milímetros acima do travessão.
Um fino risco de um frio suor correu pela coluna dos adversários que acreditaram ser ali o momento de segurar a laranja lusitana.
Porém, pouco depois de batido o tiro de meta, logo na primeira retomada de bola, o próprio molusco a recebe na intermediária e chuta cruzado: golaço!
13 a12! E dois minutos ainda por jogar.
Do lado de fora, o praticamente técnico no segundo tempo dos brancos, vociferava, grunhia, quase às lágrimas, pelo fim do jogo.
Mas ainda havia tempo.
E força. Arrancando ar em bubalina respiração, seu Lito livra-se da marcação e ao iniciar o magistral cruzamento tudo pareceu mudar naquele domingo: o tempo ralentou, os pássaros emudeceram e da figura de Papaire, postado dentro da área, um brilho de luz resplandeceu a manhã. Outro laranja Motorista via a tudo atônito a poucos centímetros do escolhido. Claramente iluminado e amparado e fortalecido pelos espíritos de além mar, Papaire sublimava num peixinho entre os gigantes adversários.
Golo!
Era a Glória! A Alfama, o Bairro Alto que sacudiam seus lençóis nas janelas!
Quinto golo de Carlinhos.
13 a 13! O que era impossível tornava-se realidade!
Alvi-pálidos deram novamente a saída, acuados pelos gritos de Zé Luca:
-Vamos virar! Vamos virar!
Mas aí já não havia mais tempo e a história estava feita.
Quem acabou se dando bem e gostou dos dois empates consecutivos foi o, ainda assim, lanterna Atlético Geoniense que retorna domingo depois de turnê no México.
Informações dão conta de se ter visto Lula desligando telefone na cara de gringo.
No gelobol, com um Artur inspiradíssimo, os editores d´O folheiro ficaram atentos às notícias por vir dos repórteres que seguiram integrantes dos brancos que se reuniram para discutir o acontecido. Até fecharmos essa edição nossa equipe tinha os seguido pela Brasil e na passarela treze (13) entraram em Ramos até o galpão da Di Santinni. A reunião foi a portões fechados.
O único representante do esquadrão branco que jogou o terceiro tempo na Urca foi o Marcelo, mas ele não conta, sabe como é, o cara tá querendo deixar de ser diarista.
Benvindo Moutinho.

BRANCOS
Luciano, Digão, Santos, Felipex, Bernardo, Ratinho, Pedrão e Moutinho

LARANJAS
Seu Lito, Maurício Motorista, Lula, Phantom F5, Artur, Roberto, Zé Luca e Carlinhos Papaire!

Em tempo

"Bom dia,

Me fogem palavras para expressar o que ontem aconteceu no Grama Leme.
Acabo de chegar na sempre aprazível Vitória/ES, cidade na qual em breve
estarei oferecendo meus préstimos.
Todavia, e aqui remonta a repercussão do "jogo antológico", o fato é que ao
pisar em solo capixaba fui confundido com o artilheiro Papaire.
Não sei se em face da estatura, do português nativo e escorreito, ou
meramente pelo caminhar com trejeito de craque, a verdade é que já posei
para fotos, dei entrevistas e autógrafos em profusão, bem como estarei sendo
esperado pelo alcaide deste sítio na hora do almoço.
Tentarei ao máximo, sem incorrer no crime de falsidade ideológica, me
presentear com os 15 minutos de fama que o nosso artilheiro tanto merece.
De resto, anseio com expectativa pela próxima edição do "O Folheiro", onde
V.Sa. saberá narrar com riquezas de detalhes o grandioso espetáculo do dia
15/08/2010, data que será sempre aclamada como o "Dia da Reação".
Abs.
Mauricio."

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Numerologia


Cabala? Macumba? Coincidência?
Pela terceira vez, segundo o DataFolhaSeca, repetiu-se o placar de 8 a 8.
Aliás, o equilíbrio foi destaque do começo ao fim da partida. Tanto que o primeiro tempo fechou em 4 a 4.
Outros destaques: Roberto, o nosso artilheiro, atingiu e já despachou a marca dos 50 gols, Julinho não colocou a mão na bola nesse domingo e ainda foi considerado o melhor em campo – segundo sua esposa que nos agraciou com sua visita, tanto na pelada como no Gelobol -, Cazuza reapareceu e sentiu a falta de ritmo, Nunes morreu e Santos está irreconhecível.
No clique fotográfico vemos um dos times indignado com o empate completamente fora dos planos.
No mais, foi uma felicidade só num domingo em que a Papaizada comemorou com alegria o seu dia!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

La Vie en Orange


Nada como acordar bem cedinho num domingo e bater aquela agradável e tranqüila peladinha.
Quem foi, e não foram poucos, viu e proporcionou um futebol brejeiro, solto e com requintes de fér plei.
Os cartões só coloriram mais a amena manhã de amarelos e azuis. Mas foi coisa pouca.
Teve gol Play Station do Bernardo, teve gol de cabeça de Lula, teve gol puraraçabrasileironãodesistenunca no cruzamento em cima da linha de Lito, teve mais daqueles gols patada atômica no retorno de Cabanas, gols de Roberto e gols de Wiskey e gols de Papaire e de zagueiroartilheirophodão . Além do Cabanas, outros regressos foram os de Lucas e de Artur que já fez o favor de devolver a lanterna ao Geo. Cristiano Dinei com a vitória, que aliás, quase deixou escapar ao sentar aos prantos no meio do gramado dizendo que assim não brincava mais, acabou de deixar esse grupo da Morte composto ainda por Digão e Cazuza. Já no topo da tabela seguem firmes Phantom F5, seu Lito, Vitor e Moutinho, porém sob cefalópode observação predadora de Lula que está a uma vitória de entrar no grupo, caso, e eu disse caso, como vocês acabaram de ler, caso Moutinho não apareça. Que se abram todos os olhos!
A bela ilustração apresentada faz parte da coleção de imagens envolvendo cult movies da Galleries one nine eight eight (g1988.blogspot.com). No caso, uma fusão do naïf ‘Singing in the Rain’ com o explosivo ‘Laranja Mecânica’.
A mistura lhes remete a algo?

O Conselho Editorial do semanário O folheiro comunica que já não se encontra mais em nossa quadro o jornalista que na edição passada deixou de informar o autor da trilha sonora do videoclipe institucional da ‘Campanha Volta, Artilheiro. Não, não é Você, Papaire’ . A música ‘Vamos dar as mãos’ é de Silvio Cesar. Pedimos sinceras desculpas e informamos que nossa meta é vacilarmos só uma vez por semana.